Um dos mais graves problemas das grandes cidades na atualidade prende-se com o excesso de tráfego rodoviário e todos os problemas que daí advêm, nomeadamente o aumento dos acidentes de viação. 573 vidas foram tiradas só em 2012 nas estradas Portuguesas (19% das quais a peões), tornando-se assim fulcral diminuir ao máximo as vítimas e os danos resultantes dos excessos cometidos pelos automobilistas. As câmaras de velocidade junto às escolas têm um papel preponderante na proteção de uma classe jovem e nitidamente em risco.

Um dos grandes problemas atuais que se vive em grandes cidades como o nosso Porto é o excesso de tráfego rodoviário e, consequentemente, o número de acidentes ocorridos. Segundo a Autoridade Nacional da Segurança Rodoviária, em 2012 foram registados 4911 acidentes, mais concretamente atropelamentos, dos quais vitimaram mortalmente 148 vidas e ainda 370 feridos graves (Fonte: ANSR Relatório Nacional 2012- Vítimas a 30 dias). Torna-se pertinente uma intervenção de modo a reduzir e/ou eliminar este número assustador de vítimas e proteger os danos emergentes que podem advir dos excessos cometidos pelos utilizadores dos veículos de circulação terrestre.

As cidades foram, nas últimas décadas, pensadas e construídas na perspetiva da boa acessibilidade da circulação automóvel colocando sempre como segunda prioridade a circulação pedonal. Segundo dados do relatório anual da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) referente ao ano de 2012, um total de 4917 atropelamentos foram comunicados às autoridades, dos quais resultaram 107 mortos e 5138 feridos (9% dos quais em estado grave). Como tal, e após uma cuidada análise dos dados previamente apresentados, torna-se premente a adoção de medidas que visem a proteção dos peões e, consequentemente, permitam uma redução drástica nos números de 2012.

É do conhecimento geral que as escolas são locais de perigo acrescido dada a impulsividade e por vezes irracionalidade do comportamento de crianças e adolescentes, cuja proteção deve assumir uma prioridade nas políticas de segurança rodoviária implementadas. De igual forma, assistimos quase diariamente a notícias de “tragédias” junto às escolas, algumas das quais possivelmente evitáveis com medidas que, felizmente, já começam a ser implementadas quer na nossa cidade, quer um pouco por todo o país. Como exemplo recente disso temos a Avenida Marechal Gomes da Costa onde, junto de zonas habitacionais e escolares, foi instalado um equipamento de controlo de velocidade com o objetivo de limitar velocidades excessivas e, consequentemente, proteger a boa circulação pedonal.

Na nossa opinião o investimento em equipamentos como câmaras de velocidade e semáforos em todas as zonas escolares viria atenuar os perigos adjacentes da circulação automóvel. Na impossibilidade de aplicação generalizada, existem escolas que, dadas as características dos espaços circundantes, se encontram em perigo eminente. São disto exemplo a Escola Secundária Filipa de Vilhena, a Escola EB2/3 de Paranhos e a Escola Secundária de Fontes Pereira de Melo.

Reiteramos que é preponderante a proteção de toda a circulação pedonal e, como tal, lançamos a questão ao público: E porque não, num ano de mudanças no código da estrada, aproveitar e associar outro tipo de medidas de segurança rodoviária como a aqui apresentada: a expansão dos semáforos cronometrados para peões.

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Em 2011 Porto foi o concelho com maior número de atropelamentos do Distrito. Resultando 10 vítimas mortais e 12 feridos graves.