Há que criar uma maior ligação entre os estudantes universitários e o mercado de trabalho do funcionalismo público. Tendo em conta a atualidade da Função Pública portuguesa e o (não) escoamento de recém-Licenciados e Mestres urge a necessidade de um esforço maior por parte da Câmara Municipal do Porto (C.M.P.), as suas Juntas de Freguesia e as Universidades da Cidade, criando postos de estágio nestas instituições, e incentivarem os restantes Organismos Públicos da Cidade a agirem da mesma forma.

incentivarem os restantes Organismos Públicos da Cidade a agirem da mesma forma.

Com isto procura-se promover o estudante universitário que terminou o seu ciclo de estudos e procura entrar no mercado de trabalho: dando-lhe experiência e competências na área das soft skills que anteriormente não possuía. O intuito passa por desempenharem funções desafiadoras e criativas dentro dos vários organismos da Câmara, para que esta possa também ser imbuída da sua nova criatividade e conhecimentos de excelência. Ao mesmo tempo queremos que seja possível criar uma dinâmica dentro dos diversos Organismos Públicos Portuenses tendo em conta o fluxo anual de diferentes profissionais com concepções variadas perante determinada função e cargo a exercer.

dando ao estudante experiência e competências na área das soft skills que anteriormente não possuía

À semelhança do que já existe com alguns Mestrados na cidade que incluem na sua componente lectiva obrigatória a passagem por empresas de categoria mundial (o Mestrado de Auditoria e Fiscalidade da Católica Porto tem acesso garantido no segundo semestre a uma das quatro grandes consultoras mundiais) a Câmara pode estabelecer protocolos com alguns Mestrados da sua área de actuação (Turismo, Geografia/Ordenamento do Território, História, Gestão, etc.) em que se comprometa a receber por ano uma percentagem dos alunos do curso, por forma a não só garantir oportunidades aos jovens portuenses, mas também a reter nos seus quadros, indivíduos com grande capacidade técnica.

A criação e direcção de um programa local de estágios pela C.M.P. que alie as Juntas e Universidades irá tornar-se bastante útil e agradável ao panorama local, e mesmo nacional, de empregabilidade. Propõe-se que seja elaborado este programa, tendo em conta as características específicas das funções e das ofertas dos Organismos Públicos, não correndo o perigo de sobrelotação desnecessária de estagiários bem como evitar a promoção do “estágio fácil, dinheiro fácil.” Seria elaborado um contrato de trabalho entre os organismos e os candidatos, comprometendo-se os primeiros ao pagamento integral de subsídios de deslocação, alimentação e demais necessárias, enquanto os segundos devem cumprir na íntegra a duração do estágio – seis meses – sendo que em caso de saída não devidamente justificada seriam obrigados à devolução dos subsídios mensais já atribuídos.

Seguindo um horário laboral fixo de função pública, as vagas para os estágios serão determinadas e renovadas anualmente conforme as necessidades da C.M.P., as Juntas de Freguesia, as Universidades e os demais Organismos Públicos.

O que já existe?

De facto a Câmara do Porto vai recebendo estagiários, mas a sua promoção e união com as universidades da cidade é muito limitada.

O que existe fora do Porto?

Existem já alguns programas a nível nacional e internacional, semelhantes ao aqui proposto. Há, por exemplo, um programa em Filadélfia, centrado em estágios na Câmara, sendo que existe uma divisão entre os estagiários que servem de assistentes a trabalhos complementares em determinados departamentos e aqueles que possuem mais autonomia: cabendo a esses a organização de eventos e conferências de imprensa. Já em Cascais, a Câmara promove estágios profissionais com a duração de doze meses, financiados pelo IEFP – Instituto de Emprego e Formação Profissional – não só na vertente camarária, mas também em entidades empregadores “com ou sem fins lucrativos”. Auferem ainda de uma “Bolsa de Estágio”.